HULI: Quando a canoa vira e a gente se redescobre
- Caio Carvalho
- 7 de ago.
- 2 min de leitura
O que você faz quando a canoa vira? A resposta diz muito sobre o seu clube.

Imagine a cena: o dia está perfeito. Mar calmo, céu limpo, todo mundo no ritmo certo. Cada remada encaixa, a canoa desliza leve. Parece que nada pode dar errado.
Até que deu.
De repente, uma onda inesperada, um desequilíbrio… e HULI! A canoa virou.
Remos boiando, gente na água, aquele silêncio de segundos que parece uma eternidade.
Quem já passou por isso sabe: não tem nada de divertido no HULI. A gente não treina para buscar isso — treina para evitar. Mas, mesmo assim, cedo ou tarde ele acontece. Faz parte.
E é aí que vem a parte bonita: quando a canoa vira, não adianta pânico, não adianta ego. Só adianta todo mundo fazer sua parte. Um segura o leme, outro cuida das iakos, outro organiza os remos. E, assim mesmo, todos juntos, colocamos a canoa de volta no jogo.
Nos clubes de canoa, não é diferente. Não estou falando de virar canoa de propósito (longe disso, rs). Estou falando dos HULIs da vida: quando falta recurso, quando um patrocinador sai, quando rola um conflito interno. Momentos que ninguém quer viver, mas que chegam sem avisar.
E é nesses momentos que a gente descobre quem está junto de verdade.
Quem segura firme, quem ajuda a virar, quem não larga o remo. Porque força não é remar rápido quando tudo vai bem. Força é remar junto quando tudo vira.
HULI não é objetivo, é imprevisto. E quando ele acontece, pode ser o ponto de virada do clube — se a gente souber reagir.
Porque, no fim das contas, o que define a nossa história não é evitar a virada. É como a gente volta e segue remando. Juntos.
E agora, outro desafio para quem rema:
Se HULI é um imprevisto, tem outra coisa que todo clube conhece bem: a luta para conseguir apoio para levar a equipe para competir em outro lugar. Passagem, hospedagem, alimentação… nada disso é barato.
Na próxima matéria, vou te mostrar um ponto essencial antes de falar de patrocínio: por que todo clube precisa ter identidade clara para atrair marcas que façam sentido. E, depois disso, vamos para a prática: como montar um mídia kit que realmente chame atenção.
Fica ligado aqui! A série está só começando.


Comentários